sexta-feira, 1 de maio de 2009

Viva a cultura nacional!!!

DJ Marlboro foi procurado pela neofunkeira e ex-socialite Heloisa Faissol, que lhe pediu ajuda para "bombar" sua música "Dou pra cachorro". Ele recusou.

"Até entendo quando os meninos da comunidade lançam músicas pornográficas, apesar de não concordar", diz Marlboro. "Mas uma patricinha eu não aceito. É muita queimação de filme para o funk"

*****

Deixa ver se eu entendi: O DJ Marlboro, com toda a moral e o conhecimento que a cultura (?) funk lhe propiciou, não irá lançar "Dou pra cachorro" porque é cantada por uma patricinha? Quer dizer que só pobre tem autoridade pra fazer música funk pornográfica ou incentivando o crime?

A letra dessa música não fica nada atrás de outros absurdos que os funkeiros "legítimos" fazem por aí. Coisas como "Pára não, tá bom demais!", ou "Beija logo minha boca e arranca a minha roupa" e "Tô carente, tô na seca, satisfaz a tua preta" (só pra ficar nos trechos menos picantes) se fossem cantados pela Tati Quebra-barraco, não haveria esse impedimento.

Esses caras são muito hipócritas. Enchem a boca pra falar da funk como se fosse a última representação cultural do pobre e favelado. Aí sobem no palco e o que se vê são exibições lamentáveis de gente sem o mínimo senso de ridículo, agindo como cafetões e prostitutas. Não sabem cantar, só gemem e berram como animais no cio.

Quando são criticados, falam que o funk é a voz da favela que luta contra o preconceito da sociedade, blá blá blá. Tento lembrar alguma música funk que tenha alguma mensagem social ou política, mas só me vem à cabeça eguinha pocotó e créu. E o pior é que a mídia alimenta isso. Deplorável!!!


Nenhum comentário: