segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Carlos Eugênio Simon - Um amarelão

Uma nova semana começa, mas a velha discussão continua. Depois de mais uma rodada do Brasileirão, outra vez quem deveria passar em branco acaba sendo o antagonista da história. Já não é a primeira, nem será a última, que esse Simon põe o rabo entre as pernas e se acovarda em jogos decisivos, prejudicando o resultado final. Quantos e quantos jogos a gente já não viu isso?

Olha que eu nem torço para o Flamengo, mas não consigo entender como que um esporte centenário consegue manter esse vício de deixar a partida na mão de apenas uma pessoa... O mundo evoluiu, a tecnologia evoluiu, os outros esportes evoluíram, mas o futebol não.. Os caducos da FIFA, junto com uma parte burra da imprensa apóiam a idéia de que um jogo dependa da sorte. Da sorte do soprador de apito estar num dia feliz e não fazer um monte de lambança.

Quantos campeonatos tiveram seus resultados criminalmente modificados... Sim, porque isso é um crime. O cidadão sai de casa, às vezes sem ter dinheiro pra comer mas vai pro estádio, assistir um jogo e no fim, descobre que o cara que decidiu o jogo contra o seu time estava impedido, ou que o pênalti que o infeliz apitou não existiu. É um crime de estelionato. Você paga por um serviço que não é bem prestado.

Quanto ao Simon, o dirigente do Flamnengo tem total razão: ele está em franca decadência.E pior! Ao longo desses anos, se tornou um árbitro caseiro, lambão, frouxo.Em 2002 na fatídica final Corinthians x Brasiliense, conseguiu a proeza de inverter o resultado do jogo, ao ignorar um pênalti para o Brasiliense e validar um gol irregular do time paulista.Ano passado, na semi-final da Copa do Brasil, ignorou um pênalti a favor do Atlético-MG contra o Botafogo no Maracanã.Ontem, ignorou outro a favor do Flamengo em Minas.

Ou seja, em lances capitais, na casa do adversário, ele se amedronta, coisa de gente sem personalidade.Nessas horas que o cara tem que se impor, não importando contra quem nem onde seja. Mas ele se acovarda. Sabe que vai continuar apitando mais cedo ou mais tarde.

É por essas e outras que nesses últimos anos, fiquei desgostoso com o futebol, não assisto mais, principalmente os jogos aqui no Brasil, onde a arbitragem está uma verdadeira lástima. São pouquíssimos os que se salvam e você não vê renovação, são as mesmas figuras, arrogantes, autoritárias, cheias de si.Há outros países com arbitros ruins, como a França, mas os nossos, pra ficarem ruins, têm que melhorar muito. São horrorosos!!Depois de 2 finais de Copas apitadas por brasileiros, em 82 e 86, o que se viu foram verdadeiras piadas ambulantes, alguns caricatos, outros metidos, outros fracos. Onde já se viu, manter até hoje em seus quadros aquela aberração chamada Wilson de Souza Mendonça, que eu me lembre, o árbitro mais patético da história?

Agora, voltando ao jogo Flamengo x Cruzeiro, curioso é que ninguém do Cruzeiro reclamou da arbitragem. Quanta hipocrisia... Esses dirigentes... também são responsáveis por essa esculhambação toda que virou o futebol brasileiro. Na hora que forem prejudicados, não terão moral alguma pra reclamar.

sábado, 22 de novembro de 2008

Pres. Lula - Pra não levar a sério...

Antes de iniciar essa nova coluna que escrevo a partir de hoje, me permitam que eu explique a origem da minha aversão a esse governo aí instalado temporariamente (se Deus quiser).
Sou um ex-eleitor do Lula, votei nele em 2002. Ao pôr os pés no Palácio do Planalto, a máscara dele caiu. E por baixo, o que se viu foi lastimável. Por causa dele e da corja do PT que se alojou em Brasília, prometi a mim mesmo nunca mais votar no PT, seja qual for o candidato, mesmo sendo honesto, competente e trabalhador (o que seria um paradoxo ao quadro do partido).
Enfim, o nojo que começou a nascer a partir de 2002 faz com que eu lute para não deixar cair no esquecimento todas as mazelas e corrupção que o PT nos revelou durante esses intermináveis anos.
Essa nova coluna vai trazer algumas das infinitas pérolas proferidas pela mula que "comanda" a nossa querida nação.
Começo falando da compra pelo Banco do Brasil da Nossa Caixa de SP. Vejamos o que presidente soltou sobre o assunto:
"- O BB não tomou uma posição política ou ideológica. O BB fez um negócio que interessava a ele, à Nossa Caixa, e quem ganha com isso é o Brasil. Vamos ter um banco público mais sólido, mais competitivo, com muito mais agências e dinheiro para podermos irrigar o crédito do Brasil. O que querem mais com isso?"

Agora vamos falar sério:
1. O BB comprou a Nossa Caixa porque não ficar atrás do Itaú, que recentemente uniu-se ao Unibanco. Ou seja, o BB fez um negócio que só interessa a ele, a mais ninguém. Se a fusão Itaú-Unibanco não tivesse ocorrido, o BB não compraria a NC. A NC continuaria sendo a NC. É tão óbvio que chega a ser ridículo ficar explicando.

2. O BB como quase toda empresa estatal, tem gestão (política) ineficiente, lucros minguados e investe para agradar aos políticos da situação.

3. "Um banco público mais sólido", pois é. Caso venha a quebrar (como já aconteceu antes), o tombo será maior, e os efeitos mais devastadores. E quem vai pagar a conta mais uma vez?

4. "(...) com muito mais agências (...)" faltou dizer "somente em São Paulo", já que a NC é de lá.

5. O que querem mais com isso? Deixa eu te responder, seu hipócrita! Nós queremos é uma competição maior entre muitos bancos e não uma competitividade de poucos! Nós queremos tarifas bancárias decentes e justas para que não corroam o nosso suado dinheiro!! Nós queremos, seu presidente, é que os órgãos reguladores desse país impeçam que se forme um cartel bancário com cada vez menos liberdade de escolha aos cidadãos desse país!!! É isso que nós queremos!!!

Mas, pelo visto isso não vai acontecer, já que o que está feito, está feito.
Aos que acreditam que não haverá demissões, sinto-lhes dizer: infelizmente haverá sim. Ou vocês acham que 2 agências do mesmo grupo, uma perto da outra, uma com menor movimento do que a outra, continuarão funcionando normalmente, sem que haja uma "adequação" ao movimento daquele local?
Aos inocentes que acreditam no governo, meus pêsames.

Coisas que só acontecem no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é um lugar onde acontecem coisas inacreditáveis. Por isso, a partir de hoje, vou compartilhar as historinhas bizarras e engraçadas dessa cidade.
Infelizmente vou começar por um "causo" lamentável, porém real, acontecido na quinta-feira passada, quando um baita temporal desabou na cidade.

Pânico no Metrô-Rio
(Crônica publicada este sábado no Segundo Caderno do O Globo)
Dias atrás, vi a morte de perto. Não por uma experiência sensorial, mística ou filosófica. Foi na pele, mesmo. No Metrô-Rio, aquela concessão estadual (recém-renovada) explorada por uma empresa privada. “Privada”, aliás, é uma boa palavra para descrever a impressão que guardo, daqui para frente, de um serviço do qual um dia me orgulhei.

Os fatos: segunda-feira passada fui, de táxi, a um encontro na Avenida Presidente Antonio Carlos, Centro. Ao deixar o prédio, caía o temporal que todos vimos. Comprei um guardachuva e, abrigado do vento pelas marquises, me refugiei numa casa de galetos, onde fiz hora. Quando a chuva acalmou, lá pelas 17h30m, deixei o restaurante e, na impossibilidade de achar táxi (estava mesmo tudo parado), decidi pegar o metrô e saltar na Central ou na Praça Onze, estações próximas do jornal. Caminhei até a Cinelândia e desci as escadas, ao fim das quais já se iniciava a fila, que, apesar de longa, até correu bem: em vinte minutos, passava as roletas e rumava para o trem.

A composição estava quase lotada, mas ainda havia espaço. Junto com meia-dúzia de retardatários, achei o meu nicho e aguardei, após uma boa demora sem aviso, a partida. Mal sabia que o pequeno aborrecimento era uma prévia do pesadelo que se seguiria.

O disparate, o descaso, o despreparo para lidar com imprevistos, a iminência do crime contra o público, aconteceram na estação seguinte, Carioca. De um lado, as portas se abriram, mas poucos saltaram. Do outro, uma avalanche de usuários despencou no trem, entre gritos de exaltação e de medo. O influxo se seguiu por pelo menos 20 segundos sem que qualquer tentativa fosse feita pelo condutor de fechar as portas (se é que ele as devia ter aberto) e, quando as mesmas se moveram, a multidão continuou a pressionar até o fim.

Cá dentro, o terror: com dificuldades de respirar, jovens, idosos e mulheres eram comprimidos contra as paredes do trem, no limite do esmagamento. Mais alguns segundos de influxo e teriam começado os desmaios e, talvez, as mortes: o mesmo tipo de mortes que vemos em estádios de futebol, em grandes funerais, ou em outros colossos populares.

Desta vez o trem se moveu logo. Mas não por muito tempo: assim que adentrou o túnel, freou violentamente, e uma pane elétrica tirou- nos a luz e a ventilação. Ao protesto coletivo seguiu-se um silêncio tenso, cortado por sussurros de apaziguamento ou tentativas de humor, para espantar a perspectiva sombria de se ficar indefinidamente numa lata de sardinhas, sem movimento e sem ar.

Os minutos foram passando. Em flagrante insensibilidade à agonia dos passageiros, nenhum aviso, nenhuma explicação, vinha dos alto-falantes. Dane-se o usuário. Dane-se o idoso aqui do meu lado, com os olhos arregalados. Danemonos todos, e aguardemos nossos destinos. — Nunca vi isso. Na moral. Nem no trem. — disse um rapaz, referindo-se às composições urbanas de superfície.

— Isso é crime. Deixar lotar assim. Vou saltar na próxima de qualquer jeito — respondi, num ganido, com o pescoço pressionado.

— Fica ligado — advertiu o rapaz. — É desse lado aí que vai entrar boiada dessa vez.

Minha espinha gelou, apesar do calor crescente. Por uma desgraça do acaso, eu me encontrava do lado errado do trem (e como é que eu ia saber?). Se a próxima leva de passageiros fosse tão exaltada quanto a anterior, e se, do outro lado, mais uma vez, não saltasse muita gente, a situação podia piorar. Eu estaria ali. Seria a minha vez de perecer.

“É assim que se morre, um dia, numa tragédia inesperada”, pensei. Minha família ia entrar com um processo contra o Estado, o consórcio e a inútil agência reguladora (Agetransp). Não sei se receberiam a indenização. Sei que estaria na cova, por ter confiado no Metrô, nosso orgulho.

Eram essas as minhas reflexões quando a luz e a ventilação voltaram e o trem repartiu. No total, mais de 10 minutos. Repito: sem uma única satisfação, sem uma palavra.

Com o trem em movimento, o condutor limitou- se a dar um esporro nos passageiros, pelo fato de alguém ter feito soar o alarme, pois parecia que, numa outra estação, havia uma emergência. PQP! E a nossa situação? Não era emergencial?

“Não me apresentem a esse condutor. Não me apresentem a administradores do Metrô- Rio. Não sei do que eu seria capaz”, pensei, tomado por ânsias de ultra-violência.

O trem seguiu e aproximou-se da estação seguinte, Uruguaiana. Estufei, então, o peito, contraí todos os meus músculos. “Vou sair daqui de qualquer jeito”. A plataforma estava apinhada. “Não vou morrer nesta joça”. As portas se abriram e lancei-me à saída aos berros, usando todo o repertório de ameaças, palavrões e insultos, os punhos cerrados na direção de quem ousasse se aproximar de mim ou tentar forçar a entrada. Se necessário, partiria para cima, lutaria, corpo a corpo, pela minha vida. Atrás de mim, o senhor idoso, e mais uns passageiros em fuga pelo “lado ruim”, repetiam minhas sentenças, como ecos. Num certo momento, fez-se um pequeno clarão e conseguimos escapar.

— Isso aqui é a roça! A roça! — esbravejou o idoso, furioso, quando já estávamos subindo a escada para encontrar a liberdade.

— Não senhor. A roça é a civilização. Aqui é o inferno, a masmorra, a barbárie, a infâmia.

Ele concordou. Ganhei a rua, ainda gotejante de uma garoa final, no coração do Rio. Camelôs cibernéticos voltavam a vender DVDs de sacanagem, tendo ao fundo música sertaneja. O Rio, o Brasil, estava de volta, vivo, e eu também. Senti uma alegria. E caminhei, aliviado, os dois quilômetros dali até o jornal.

Por Arnaldo Bloch.

*****

Uma cidade onde os transportes são uma calamidade, o meio que deveria ser mais confortável e mais rápido torna-se um pesadelo. Aqui onde eu moro nem metrô tem, nem trem. Temos que nos aventurar em vans suicidas e ônibus.
Como diria o Boris Casoy: "Isso! é! uma! vergonha!"

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Brasil 6 x 2 Portugal - Me engana que eu gosto!!!

Bom, aqui estou novamente. Esse blog não morreu (ainda rsrsrs).

Vamos ao que interessa: Ontem o Brasil jogou sua última partida do ano. Um jogo que poderia ser útil, caso a equipe de Portugal entrasse em campo. Isso mesmo, o Brasil jogou sozinho, não porque é superior, mas porque Portugal, além de completamente desmotivado, (leia-se Cristiano Ronaldo), tem um treinador que vou te contar...
É pior que o nosso.

Antes que me chamem de estraga-prazer, quero que analisem o retrospecto do treinador Carlos Queiroz, a frente da sua "equipa" nas eliminatórias da Copa de 2010:

Malta 0 x 4 Portugal
Portugal 2 x 3 Dinamarca
Suécia 0 x 0 Portugal
Portugal 0 x 0 Albânia <<<


Fala sério!! A gente reclama que o Brasil empatou com a Bolívia em casa. Eles empataram com a Albânia!! Alguém sabe onde fica a Albânia? Pois é. A verdade é que entre o Brasil que empatou com a Bolívia e o Portugal que empatou com a Albânia, venceu o menos pior.

Depois que Felipão deixou a seleção portuguesa, o time não conseguiu nenhum resultado expressivo. Contra o Felipão, o Brasil perdeu 2 vezes, inclusive uma com o Dunga "dirigindo". E se houvessem mais 10 partidas contra aquele time, perderia as 10.

Além do mais, o time de Portugal têm o Pepe. Fala sério, o que é aquilo? O infeliz não conseguiu ganhar UMA jogada. E olha que o Real Madrid pagou 30 milhões de euros por ele. Pepe por Pepe, eu ainda prefiro o Pepe Legal rsrsrs

Agora olha a declaração do técnico de Portugal antes do jogo: "Vai ser um jogo 'taco-a-taco'" (pau a pau)

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